06 julho 2005

As minhas mãos quietas


Olhava agora minha mão
quando me adentrei num pensamento
Sobre sua lida e função!

Continuada, Insistente, Diferente
Em cada momento,
Diferindo também de pessoa.
E delas conta coisas
Muitas coisas,
Coisas sem conta delas.

Para mim, aqui, quieta
É-me imagem da força,
Daquela força interior,
Que é sempre superior
Ao que prevemos nós!

É a pá do trabalho,
Do trabalho pessoal,
Do que movemos,
Do que criamos,
Do que queremos,
Dos que amamos!

Somando tudo
Estas minhas mãos,
Aqui,
Queitas,
São toda eu,
E os meus que toco.

São pelo menos o meio
Mais puro,
Mais sincero,
De trocar gestos...
De não sentir de perto
O aperto da solidão!

Posted by Picasa

Sem comentários: