27 abril 2006

Emilce... Hace tanto tiempo***


Ya hace algun tiempo que no passava por su blog, el tiempo siempre me dita lo que puedo o no hacer, pero volver me mostró que sigues escriviendo lo que suena bien, lo que trae música, lo que nos toca. Principalmente escrives lo que creas.
Una vez más me supo bien leerte y una vez más te plágio:

Gracias por ello***:o)








"Te deseo que un aire fresco llegue a tus pulmones.

Te deseo que llegue de nuevo a ti la sonrisa espontánea, el abrazo fugitivo, el beso sin rumbo.

Te deseo que ames de nuevo, y de nuevo que ames más.

Te deseo que nunca se canse tu cama del mismo cuerpo, ni tu pensar de la misma alma.

Te deseo que aprendas a darlo todo en el primer instante y sin reflexionar.

Te deseo que ames de nuevo, y de nuevo que ames más."





21 abril 2006

Há noites que são lupas


Há certas noites
Que são lupas,
Lupas especiais!

Atormentam
Com imagens reais,
Mostram problemas,
Os nossos,
Banais
Curriqueiros!
Tudo grande, desfocado!

Depois o sono não vem!
Fica vendo a lupa,
Na conversa!
Quando damos por ela,
É tudo tão distorcido
Que é até parecido
Com o sonho normal!

Acordamos todos depois
Chateados
Por não saber onde foi
Que dormimos!

Poema em linha recta.

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas
Vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondívelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu que tantas vezes não tenho tido paciência para
tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes
Das etiquetas,
Que tenho sofrido enxovalhor e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo
Ainda;
Eu, que tenho sido cómico ás criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de
Fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, Pedindo
emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho
Agachado
Para fora das possibilidades do soco;
Eu, que tenho sofrido a angustia das pequenas coisas
Ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo,nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão principe- todos eles principes- na
Vida....

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse não uma violência, mas uma cobardia!

Não,são todos o ideal, se os oiço e me falam
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma
Vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traidos- mas ridiculos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traido,
Como posso eu falar com os meus superiores sem
Titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza."

Álvaro de Campos

O meu relógio parou


- Paras-te.
Hoje, à hora em que um dia eu fui só eu, por inteiro, pela primeira vez: 10:30 da manhã.

Que quizeste dizer-me com essa tua atitude tão despojada de interesse por mim?
Quiseste mostrar-me que estás ai?
Não me dou conta disso excepto quando preciso controlar-me as pressas, os vagares e os pensamentos...

Foi para que visse que além de ti, eu continuo, ainda que sem tempo?

Talvez estejas a tornar-te um pouco humano. Estás a chamar a minha atensão para ti.
Estas a pedir-me aos berros que te aprecie.
Discuti contigo horas e, por isso, aqui sonho que com isso tenhas o bastante!!
Às tantas nem horas foram, mas tu continuas sem me esclarecer!

Era para mostrar que perco tempo?
Perco?
Não me aturo assim!
Com isto estás irreconhecível!Não entendo quem és agora!
Se não és o Tempo, quem és tu?!!!

Quiseste contar-me que existes como peça material. Que isto de que não te veja como objecto mero e simples, sujeito a todas as leis da física, da química e dimensões no espaço, te afecta, não está bem!

Conseguiste!
Agora sei que tu rodas sempre no mesmo sentido, que dás voltas sem sair desse ponto central e que trabalhas a pilhas. O Tempo não faz nenhuma dessas três coisas!
Parece que o Tempo é uma própria dimensão em si, que nos atribui num ponto velocidade, mesmo sem sair deste sítio!Tu só segues esse factor como um discípulo disposto a aprender tudo quanto pode ensinar um mestre. Estavas para ajudar-me a não exceder os limites de velocidade no meu caminho!
No entanto, discípulo imperfeito, não sabes seguir teu mestre.
Só sabes que é envergonhado, que quer passar sem ser visto, por isso é que passa rápido quando estou distraida e por isso é que faz cerimónias quando não tenho que fazer!Não quer que dê por ele!Nem tu o queres, tampouco!
Queres que pare de pensar nisso?
Voltas a ter razão: o tempo não é sentido quando se pensa. E eu procuro senti-lo a cada instante!

Sabes, agora vejo o quanto lhe és distante.
Tornas o tempo em unidades, são, em ti, conjuntos de segundos, minutos, horas, dias...
O Tempo não é nada disso.
Se eu algum dia quizer o Tempo será, para mim, continuidades!!!Também pode vir em momentos sem que nunca chegues tu a saber se são momentos continuos ou que percistência lhes dou!
Tu nunca farias nada disso a teu mestre!Só podes parar!!!

Paraste nessa hora e nem sabes que significado isso tem! Eu sei!
Tu só sabias que esse era mais um movimento ao qual te impeliu e Tu, discípulo já moribundo, reflectindo nesse próprio valor de objecto desististe.Ou então, tu, discípulo rebelde, manifestaste a tua realidade de ser e partiste para uma velocidade só tua de objecto dimensional!

Fizeste bem.
Fico feliz por tomares uma atitude tão tua!Agora sei que estás bem contigo!
Fizeste com que eu pensasse em ti. Que gosto de ti como és, nem que assim sejas-parado!Ao menos sei que vais ter razão duas vezes por dia, vais encontrar-te com Ele nesses minutos!

Eu também tenho desses momentos, sabes?
Ás vezes faço coisas ruins porque me assim sinto pensar e pedir por dentro...Depois encontro a minha ruindade e sou completa: os defeitos e virtudes... e sou confortável em mim novamente.

Todos somos semelhantes em partes diferentes.