30 dezembro 2006

Não é por ser fim de ano...

Pois é, passeios não é o temos feito por aqui...

Teria de ter uma justificação para cá voltar, depois de tantos meses em que por último ficou um poema triste, mas Não a há, na realidade... Como nunca houve justificação clara para que o mundo existisse e tal como ele, nós ou a inteligência que pensamos ter...

Nada a fazer...

Tal como esse exemplo, o certo é que mal ou bem por cá continuamos todos, todos estes dias seguidinhos, com o mundo a girar sobre si mesmo sem parar, e uma dita gravidade que aqui nos prega ao chão... Assim também eu aqui continuo a escrever para bem ou mal de quem cá passe...:o)

E não, se há coisa que possa dizer, é que não é por ser fim de ano...

Não, porque no fundo é ridículo andar por estas datas a desejar coisas boas, desejar a mudança se tudo o que o homem de hoje quer é ficar no mesmíssimo sítio de onde saiu.
Ver os dias sucederem-se como se fossem sempre para passar à lareira e com o gato enrolado no colo...

Ao menos há gente assim. Que não vê que continua a haver coisas por descobrir, que o mundo se pode multiplicar, como nós e os nossos conhecimentos. Mas não. Continuam a haver miudos no 12º ano, que o único que querem é fazer um curso, seja lá ele qual for, mas que satisfaça a condição de os deixar perto ou mesmo em casa com os pais e irmãos... Tão liiiinnnddddoooo

e tão cobarde!!!!!
Acorde-se para o mundo, por favor!!!!!

A vida é tão grande, há tanto tempo. Calma, e um dia de cada vez, mas sem perder tempo...
Sim, custa muito:
implica que dormamos as horas certinhas e não mais que isso,
implica que não se pare quieto,
implica que os dias de descanso sejam poucos...

Mas recompensa no fim, quando se olhe para trás e se veja todo um conjunto de conhecimentos, de pessoas diferentes e novas visões do mundo.Ver-se-á que os anos passaram sim, mas cada um deles foi bem aproveitado, que no fim de cada, houve um propósito alcançado, que tivemos garras para ultrapassar aqueles menos bons, que agarramos pelos cabelos e de unhas e dentes T
TTTTOOOOODDDDAAAAASSSSS as oportunidades que nos tocaram!!! Que até nos calharam mais porque fomos corajosos, como se de um videojogo qualquer se tratasse e houvesse bónus para os que se atravem a fazer cumprir todos e cada um dos sonhos que tem!!!

E, para culminar, se possa chegar a velho, mesmo velhinho, com uma história de vida que seja interessante contar aos netos. Que nos encha de orgulho em cada história contada, que os ensine tudo o que descobrimos e os empurre para novos horizontes.

Se calhar, quem sabe, realmente se vê até que fomos úteis, que somos, inteiramente, nós!

E eis os meu votos para todos vós...

Boa Sorte***

17 outubro 2006

Emudece-me...

Arrastou-me...
Este roçar dela sobre mim.
Sinto-me pingar no chão como as outras
Sinto o que não devia sentir.

Por isso
Em favor:
Insensibiliza-me.

Ensurdece-me.
Para que em silêncio
Não a ouça escorrer.

Emudece-me.
Este roçar dela sobre mim.

Ouço-a pingar no chão como as outras
Como se só juntas tivessem sentido.

Cega-me.
Para que a não veja pingar
Nesse chão,
Sim,
Como as outras.
Para que não morra em cada uma delas.

Em não mais sofrer
Por ve-las juntas.
E tornar a sentir
O sofrimento.
Não voltar a ouvir-me
Cá dentro.

Em derradeiras,
as de lágrimas
Fileiras,
Que por toda a cara minha
Ou, mais profundas ainda,
Na alma minha
Se derramam...

08 outubro 2006

Preciosidades Banais...


Preciosidade Banal ...

...de respirar e já não sentir o ar escorrer limpando os canais que atravessa como se eles fossem rodeados de paisagens e não estivessem, no entanto, preparados a chegar a pulmões envolvendo um coração que já nao ocupa o seu lugar, ou que deixou de o preencher por ficar mais pequeno...
...de estar deitado e ver um céu assim de limpo, em branco, que não marca as células que o recebem, porcessam, que o entendem nessa brancura que nem comparada é com a mesma brancura de outros olhos que alguma vez, delicadamente, pararam nesta brancura dos meus e não fizeram mais que silenciar-se, sossegar-se e apreender o momento como se correspondesse ao último de qualquer dia sem um amanhecer seguinte.
... de não existir mais controvérsias em temas que não se sabe resolver. Resolve-los só por os deixar em paz, sentir paz por deixa-los seguir até Finisterra...
... de deixar os dias passarem em mim mais uma camada de estórias, de rir ou de chorar, de nos prender, ou de nos libertar...Dias, dias, dias...

Preciosidade Banal deixar-se estar...

07 outubro 2006

Enrolada aqui, assim!

Tentar deixar os pensamentos para trás...
Estou muito cansada, insegura, preocupada...

Precisa-se pôr tudo isso para trás, parar, num instante que seja e dormir, sossegar, apagar memórias que me tornam menos o eu que já é pouco... que me pregam nesse estória que ainda é o que não devia ser.

O casaço dá destas coisas...
Dá dias assim: em que não há respeito nem pelas leis da passividade...

Não tenhas medo, não há verdade nenhuma aqui, nestas letras, nestas frases, nestas coisas que escrevo... Nelas há alguma outra coisa codificada que nunca deixo que seja a verdade em si mesma. Essa não a tenho eu, e não ta posso dar assim.
Sincera só sou quando te tiver diante e me fizer cruzar os meus olhos com os teus, só numa intensão de fazer-te entender, de mostrar-te que a verdade é dita cara a cara, tudo o resto é uma interpretação pintada por momentos solitários de sentimentos confundidos e de imaginações deturpadas pelas ditas... Imaginações...




Falar-te em voar ou em letras que se escrevem sozinhas pelo meu peito fora é-te sempre, mais uma das minh
as manias. Como sempre sou eu quem codifica tudo de forma anormal, aquela que complica o simples e que usa palavras mais complicadas que os significados que nelas pretende imprimir.

Seja.

Não tenho como mediar um tema sem que use a minha própria linguagem e, como assim ma deram, assim a utilizo para contar-te estas coisas simples de quem está cansado, não quer falar, mas escrever sem destinatário, sem objecto ou sem esse "tu" real, ajuda... é como se estivesse a falar sozinha, mas aqui não sou menos decente por isso.
É como imaginar, ou ainda bricar nas minhas casinhas com amiguinhos, de médicos e enfermeiros, de doentinhos e de bonecas...

Hoje é um dia assim!





Mas sim, rodeei o assunto!!!
Fui fazer este cruzamento para te não contar que este cansaço abalou a minha promessa!
Chorei.
Quebrei-a e sei que a não devia ter feito se sabia que cumpri-la era pior do que ir a Santiago nas condições em que o fiz este ano!

E na transparência que me deu quebra-la não fui capaz de sentir-me mal por fazê-lo. Ou seja, confesso que me não arrependo.(Vês como tento simplificar?)

Queres que conte contigo?
Esse sonho que és não me alimenta, não tem qualquer nutriente.
E como queres que viva destes reais que me não dão mais que açucar,
Também não me preenchem!



E não sei com
o dizer-te que nem queria nada preocupar-me disso, chorar aqui foi como limpar-me de preocupações. Foi deixar emocionar-me por nadas que me controlam ou fazem a minha vida...E não me venhas com complicações maiores!
Que eu sonhe e que saiba que o meu destino não é ficar aqui, nem em lugar nenhum; que saiba que estabilidade é uma palavra que em mim não cabe de tão disforme, não me convence de que não existas!

E prossigo tentando não pensar em acusar-te, se te conhecer algum dia, de todo o sofrimento que me causas só de existir sem eu saber disso!
Custa-me só imaginar o tamanho do amor que será necessário que sinta para te perdoar todos estes momentos em que o pousar da minha cabeça não tem o teu ombro de encosto, em que durmo sossegada sem sentir o calor da tua mão ali, geograficamente demasiado perto da minha...Todos os momento em que a minha alma não é completa, ainda que sendo feliz.
Custa-me conceber em mim tanto amor... Teria tantas coisas para perdoar-te antes... Teria que esquecer todos estes anos em que sofri de ignorares a minha vida, os meus problemas, teria que perdoar, até, aqueles momentos em que tu duvidaste de que eu existisse na realidade... Vou ter que saber perdoar-te esse medo de continuar indefinidamente incompleto.
Ou...


...Espera...
Talvez não...

Enrolada aqui, assim, chego á conclusão que não...

Talvez se contrabalance afinal...

Talvez sejas tu esse a quem ferirá saber que o meu estar na mesma triste ignorância de ti, das minhas duvidas da tua existência, talvez o imaginar-te impossivel...Ou mesmo este texto te venha a ferir...

Aqui admiti que às vezes não sei de ti em mim...

Perdoas-me?
Qual será o tamanho, agora desse amor?

Vendo bem, deixa lá, estamos quites!

***

05 setembro 2006

Em passos...

Houve tantas horas de passos entre nós - este conjunto ainda tão incongruente por não conhecer mutuamente arestas- tantas horas de caminho, de pedras e montes... Quilómetros de estradas estranhas.

Quilómetros que me contaram de vocês, que a vocês me uniram e que assim julgo que tenham feito convosco, mesmo que em silêncio, desse cansaço tão comum...


Canções de cada recanto da memória... Mesmo o mais recondito! Desafinações próprias a este friozinho da manhã! E quantas casas não acenderam as luzes matinais ao som de Rui Veloso?;)


Discussões de teorias, de músicas e nomes, de temas e vazios... Discussões às tantas surdas de nós, em nós, só para nós...

Mas também festinhas no cabelo e "obrigadas" sinceros de momentos menos prazenteiros de estar connosco fisicamente... Arfares simultâneos, mancar em harmonia, sem que harmonioza fosse qualquer passagem, nesse instante.

Ânimos em diversos formatos: era em olhares sérios, era em palavras severas, noutras doces, em oferecimentos de uma ajuda que nem para nós guardamos bem, em perguntas de "tudo bem?", em lanternadas ao chão, em mãos dadas, em sorrisos, em risos, em músicas... Ou num constante silêncio ininteligível...

Paisagens, muitas...De montanhas e de cidades, de rios e de chãos secos, Céus do mais estranho azul, ou do mais estranho sol que ainda não se vê... Escuros de quem corre ao fogo do meio-dia; e essa lanterna que empunho já sem saber onde alumiar sem medo... porque medo se sente quando ainda não vemos o trilho em que pisamos...

Demonstrar coragem para encorajar,
Contar histórias só para fazer esta hora passar...
Aprender a receber ajuda, dar...
E pousar a minha cabeça nesse ombro para descansar e saborear esta etapa que só convosco se consegue!

Chegamos!!! Mais uma etapa hoje!! E que beeeemmm!!!:)Inimaginável, incontável... shhhh.. cá dentro! Humm, como sabe bem! Este passeio depois até parece nem cansar.. Nem parece que andaste mais três horas com a máquina;o)!
Roupa suja, roupa seca e amigos novos!!De onde, não sei bem; porquê... Fico sem entender inteiramente...Necessário, no entanto!
Que seria de nós sem o Sr Joaquim e a esposa!!

E o derradeiro dia.. depois dessa noite... Só quem sabe somos nós! Mais umas horas, mais uns quilómetros, mas.... Eis que esticam!!!

Doridos, cansados, vividos e sempre esforçados foram cada um dos ultimos metros...
E tocar entre soluços a catedral...
Não posso dizer mais...
A partir daqui fica o segredo...

Tão meu, tão nosso...


E tão bom!

20 agosto 2006

A partir da letra...

A inclinação de sua letra mostra que você é uma pessoa bastante extrovertida, tem facilidade de se relaciona com as pessoas, mas, às vezes, acaba invadindo a intimidade alheia. A ligação de sua letra revela grande capacidade de raciocínio lógico e uma supervalorização de sua própria capacidade.

A direção de sua letra indica controle, constância e organização, especialmente nas tarefas cotidianas. A pressão que usa ao escrever sinaliza estabilidade e equilíbrio. As áreas valorizadas na sua escrita destacam idealismo, erudição, preocupação com seu crescimento interior. A forma de sua letra demonstra amabilidade em seus relacionamentos (amorosos ou não) e cooperação.

19 agosto 2006

Esquecer-me



Porque havia de ser o esquecimento tão requintado?

Esqueci já tantas coisas:

Passeios em criança, no colo da mamã,

Esqueci-me de momentos à beira rio entre a família,

Esqueci o cantar de algumas músicas,

Leis da Física,

Explicações e prendas,

Invenções e raciocínios geniais,

Idéias luminosas...

Esqueci algumas palavras,
Alguns momentos,
Algumas histórias,
Teatros e danças,

Números de telefone,

Até beijos, alguns beijos eu já esqueci...

Até o nome daquela flor, aquela.. agora mesmo não me sai o nome...
E tanto gosto...

Esqueci tanta coisa bonita...

Porque raios a ti tudo protege em minha mente?

17 agosto 2006

Um túnel..
















- Porque tremes desta forma?

Não tenhas medo, é só um túnel. É como quando ás vezes fazemos asneiras e não queremos contar aos papás, depois eles descobrem, arma-se uma grande confusão e pufff..... De repente não há mais nada que temer e tudo fica bem...

Aqui no tunel é assim também... De repente entra-se e está tão escuro, tão escuro que não dá para ver mesmo nada, e parece que há um abismo no chão sem que a gente se possa defender...
Mas ás tantas parece que o escuro melhora...
E afinal já vemos o chão...
E não há abismo nenhum, e até há um corrimão.

Parece que começamos a a andar e depois... Puffff... Já se vê uma luzinha ao fundo e sem que seja possível, já lá estamos e todo o medo se foi.

Vá, não chores... Passa, tudo passa... e o escurinho também :o)

29 julho 2006

Sabes que ás vezes,
deixar-me aqui pousada,
sem peso, sem nada
é como ficar pendurada
e ao contrário de mim...

Sim, de pés a cima
e cabeça a baixo...

Atenta:

É ter Tempo
De olhar
E de ver
E observar

Ou só assim
De deixar passar
Sem ver,
Nem olhar,
Sem observar...

Desatenta.

11 julho 2006

Felicidade

" Se eu pudesse trincar a Terra toda
E sentir-lhe um paladar
E se a terra fosse uma cousa para trincar
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo são dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja..."



Alberto Caeiro- O Guardador de Rebanhos



Há dias assim,
de compreender que a infelicidade faz parte da felicidade sendo que esta não se cumpriria se não fossemos, de vez em quando, infelizes... Seriamos menos experientes, menos conhecedores e mais inocentes...Que o dia comporta a noite e que se há calor de dia há mais fresco depois de o sol pôr...
Há dias em que não faz falta viver feliz... em que só se quer deixar pingar este Tempo...Deixa-lo trazer as novidades que nele boiam, sem nele nadar em busca de novos horizontes, só, aqui, da janela do meu quarto.... desde aqui podia ser um bom sítio para recebê-las... Vou ficar aqui...
Sem vontade de felicidade.

:o)
E sendo feliz, portanto...

09 julho 2006

Outono inacabado



(...)

Nasceram folhas
como nascem sentimentos
nos ramos duma árvore.

Foram,
Em tempos,
Razão de respirar,
Era sua função...

Mas já não...

O Outono passou,
E,
Agora,
Os sentimentos
Boiam como folhas na água deste rio
Um dia chegarão ao mar,
onde,
dispersas,
Já não farão sentido.

(...)

27 junho 2006

Noticias

Estou...
sim...
Parece que sim...
Dizem que sim... Eu não estou certa disso...
e num telefonema me pedem notícias...
e, sem surpresa, eu,
que aqui quase não estou, digo que as não tenho.
Em mim cai um peso de sentir que todas as palavras que assim pronuncio são da mais cristalina verdade:
"Novidades mãe? Nenhuma!"
Tão verdade e só por minutos doloroso este sentir que estou em dias em que o mundo é, segue, faz, acontece e eu nem o sol vi... Apenas me passou a suor este calor que dele vem (segundo me contam..., eu ja não o sei... já não sinto esse calor ser emanado desse astro...); suor que me escorre e recobre um corpo que também quase não sinto meu... Corpo, não mais que isso, Não eu dentro dele... nem deambulo... e fazia falta... Talvez, só talvez...

E já chega... É cansaço... ou sou-o eu... já não sei... não sei nada...
Façam preguntas da hemoglobina que às tantas respondo... mas também não garanto...


23 junho 2006

Faz hoje um ano




Faz hoje um ano estava diante de um mesmo aparelho como o que tenho agora, preparada para criar um blog. Já tinha nome, já tinha intuito, só ainda não tinha morada nem nada escrito...
Na minha cabeça estavam as complicações que também me assombram neste momento (" que raios, tenho montes de exames, montes de trabalho e 'tou p'aqui a escrever!!!") questões, sem qualquer dúvida pertinentes e que de certo modo abalam a minha filosofia pessoal, mas que fazem de mim mais uma conraditória pessoa, como tantas outras...No entanto, um ano depois, vejo o quão boa foi essa minha escolha e analizando o bem que me faz vir aqui pôr destas minhas palavras, diria que voltaria a fazê-lo, se mil vezes o repetisse:o).


Por outro lado, a comunicação só toma valor porque há um receptor (isto dizem as más línguas;o)) e ainda que eu resmungue porque o pessoal passa por cá (alguns até têm a distinta lata de inclusivé gostar e não apontar comentário nenhum;o)) e não comenta, sei que o lêem com afinco e que me procuram entender - há outros que preferem percebê-lo como um desnudar de mim - dai que me sinta totalmente em posição de agradecer profundamente, neste dia de aniversário e em cada comentário que me fazem quando passam por mim;o):
aos que comentam e aos que não, aos que gostam e aos que não, aos que criticam e aos que não, aos que fofocam dele e aos que não, aos que apoiam e aos que não, aos que levam a mal, aos que a bem o levam, aos que se esquecem dele e principalmenete aos que não o fazem;o) aos que lêem, todos e em geral um grande beijo de agradecimento:o).. Neste dia quem faz o primeiro ano somos os que o contruimos, não Ele, página em si...

Por isso, Parabéns!! E espero continuar assim, todos, desta mesma forma.

" Is that clear?!"
***

22 junho 2006

Olha q´esta!!!LOL




Você até tem um certo jeito, e de vez em quando faz um brilharete; mas geralmente anda um bocado à nora. A organização não é o seu forte, você confia em absoluto no instinto. Você é pão-pão queijo-queijo: tudo ou nada! Acha sempre que vai conseguir ter tudo, mas, aqui entre nós, ou fica lá muito perto ou dá uma monumental barraca.

19 junho 2006

Neste teu dia

Neste teu dia que costumava acordar para te dar um beijo e entregar-te alguma prendinha enlaçarada com os outros dois ensonados arrancados à força da cama, mais a mamá, já enrolada no seu robe, te escrevo um poema que já um dia me pediste.
Uma prenda hoje sem laço e do longe dada com todo o mesmo carinho que aquele meu costumado beijo carregava. Digamos que os tempos mudam Pai, e agora a tua prenda vai via internet:o).


Nasceu no meu peito
Um sinal vermelho, papá.

Sinal como tu tens
Por todo o peito peludo
Pelo braço forte
Pelas costas rijas
Que tantas vezes me
Protegeram,
Acolheram
E que sempre me amaram.


Nascer-me-ão mais.

E em conclusão,
estes nossos sinais
São pontos iguais
entre nós.

No peito levarei
o da medicina,
Nos braços os da luta
"-Que nada é regalado, filha!"

E nas costas levarei
O da responsabilidade
De ser tudo o que me ensinaste

Falta-me na cara
Os da beleza desses teus anos
De experiência,
Como rugas.

Nas pernas
Os de caminhos percorridos
Em que de nós se dá
"- Receber, Ele se encarregará"

E nas mãos,
O da virtude
No poder de boas escolhas.
A certeza numa mesma atitude.


(em pijama, ensonada, encostada ao César que por sua vez se apoia na Celina também a dormir)
"- Espero que gostes Papá!E....PARABÈNS!!!"

18 junho 2006

Os Silêncios

Silêncios que roçam o espírito em palavras não ditas são
silêncios do que disseste quando o contrário ou o
silêncio seriam mais próprios...

São
silêncios de horas que passaram como se não o tivessem feito,
horas que em não serem faladas foram mais suaves, mais verdadeiras do que tudo o que engasgado ficou em gargantas cansadas de mentiras...

Em
silêncio calas o que a raiva te dita,
Em
silêncio ouves o bater do coração...

Em
silêncio mergulhas quando páras em ti para medir-te a pulsação de todos os projectos de que te compões, ou me componho...


Em silêncio... shhhhh... Só neste silêncio.

03 junho 2006

Um e-mail

Entre moléculas complicadas, mais fórmulas que não acabam de confundir-se umas com as outras e metabolitos ou metabolismos diversos disto e daquilo, numa véspera de exame especialmente dificil, decido tirar dois minutos «Só 10 minutos, Rosana, é pa ver os mails e cama, não me distraio por nada, juro!» lá acedi a ir á minha caixinha de correio e nunca melhor coisa...:o).Encontrei um e-mail que falava em algo de saudades e que de remetente tinha um nome tão familiar como querido (ou, às tantas, mais querido que familiar:o)).Foi como se tivesses ligado também a minha grafonola e comecei a ouvir tudo...Li o teu e-mail e sorri do início ao fim. Porque te vi, no meio do teu Lehninguer, no teu quarto cheiroso e sempre, constantemente limpo e ordenado, a olhar a janela, esse vidro que descreveste, esse vidro que não mais foi que um ecrã para os teus pensamentos.

Santiago de Compostela, Odontologia e galegos...:o).. Risotas, muitas! Filmes que demonstram que eu ganhei naquela Terrrrrriiiiiibbbiiiilllííííísssima batalha de almofadas! Meia hora de risos incessantes por termos bebido meio copo de vodka cada uma e termos visto a "rua andar"... Tu, em pijama, seis da matina, a santamente nos abrires a porta e sorrir...Tadinha, e eu que estava à espera que tu nos matasses, foi indecente... Mas não, abriste a porta e sorriste... arranstaste os teus chinelos novamente à tua cama e nem voltaste a mencionar o nosso atentado ao teu sono...:o).
As conversas pegadas de religiões e conceitos... Perguntas complexas...Mais um tacho que pegou fogo... ABRE ESSA JANELA!!!!
O cobrir mútuo de mantas quando alguma adormecia no sofá descoberta...O embrulhar da prenda da Ana sem que ela desse conta...:oP. Isto sem falar em limpar o exaustor sem que tu visses... Aquilo ia ser de mais para a tua pessoa!

" ... a vida se repete na estação , tem gente que veio p´ra ficar, tem gente que vai p´ra nunca mais tem gente que vem e quer voltar, tem gente a sorrir e a chorar e assim... " as limpezas da casa, mais as aventuras para fazer os crepes e ter tudo pronto para quando os amigos chegassem. O relógio que caiu e foi pregado com o ambientador que furou e ficou tudo "alavandado"(a fita-cola não funcionou)- P´ra quê se a solução estava em usar o cu da cafeteira!!Bem e por falar em cussss...Eu vou saber do que foi feito do do... hummmm Sim... ELE PERTENCE-ME.

"- É au de sou ou au de su???" e de repente as perninhas ao alto já esperneantes num desespero de risos e gargalhadas de fazer chorar. As compras, o cansaço e o teu dormir nas nossas viagens no meu colo...
E tudo em seis meses que repetia como se de uma música se tratasse, até a saber de cor e a disfrutar em cada vez que a pusesse.
Finalmente o escrever das pistas e pô-las, sem que vocês dessem conta, por toda a casa. O escrever das dedicatórias...

Sabes do que falo, não houve nenhuma frase que não entendesses certo?:o)

Por contar que o teu e-mail me fez bem. Que me fazia falta, que
eu também gosto muito de vocês REMELOSAS!!!!:o)

28 maio 2006

Não haverá titulo, não há conclusões nem mesmo pensamentos rebuscados de temas que me tocaram ou que me cutucaram lá onde os meus princípios estão. Não haverá imagem, nem letra diferente nem...
eu.Não estou cá. Escrever em não ser-me aqui é simplesmente entregar-me ao meu pensar sem tema- Este dia da mala é sempre o mesmo, sempre o de pensar em voltar ao lá onde não pertenço, ligeiramente aterrador e tendencialmente filosófico. É um dia de um SSShiu contínuo como se me tivesse que encontrar em absoluto silêncio, como se não quisesse que o roçar contínuo de palavras se pudesse sequer sentir.

22 maio 2006

Tentada à transparência

Continuo sem saber se foi bom ou mau.
A questão é estar agora aqui, com uma vida que não pára para me deixar pensar realmente e simplesmente faz fuir um Tempo por cima de mim, e eu sinto-me tentada a ela:
tentada à posição transparente.

Unicamente para que os erros em mim não se sucedam tão frequentes,
unicamente para que erre sem deixar ver,
unicamente para que possa não querer evita-los,
mais porque errar nem sempre me deixa indiferente.
Numa posição transparente nem mesmo os outros errariam comigo, nem eu o notaria se tal quisessem, nem mesmo o ignorar-me seria doloroso, antes seria natural e eu até seria mais contente com esse facto. E nem mesmo para ti eu estaria, como já não estou.

E mais uma vez sinto em mim desejos que não passam das minhas utopias pessoais. Tantas e tantas vezes o querer ver de um limíte do universo em fluorescente, para que sobressaia, para fazer os Homens acreditarem que o universo acaba mas nós jamais alcançaremos esse fim, pelo meio temos o NOSSO fim.
Também eu em mim verei alguma vez o TEU fim. Como vejo todos os dias, bem definida, a linha desse horizonte marítimo, ou será antes isso a encarnação de uma eterna saudade? Não sei e admito que gostaria que mais que saudade fosse a certeza de vir um dia a tirar-te de onde já não estás há muito tempo, apenas pela ausencia te deixo ficar nessa posição de transparência. Esse estar ai ignorando ai estar. Invejo-te nisso e em mais nada.
Se já não sofro o teu não estar, se já não me queixo de solidão porque a não sinto, se já não te quero, se até já mudei, eu, toda eu mudei! Porquê segues silencioso e transparente comigo? Sempre e por todo o lado...
Um dia...

19 maio 2006

Uma serenidade de pré-tempestade


Alguém hoje me disse que me via tranquila:
"Et veig molt tranqüila, oi?"

Eu, tranquila?!
É escandaloso, mas é verdade! Alguém hoje me olhou e me viu calma.
Acho que nunca tinha ouvido tal coisa!

Já ouvi que vou ganhar um prémio nobel, e também gostei muito. É sempre bom ver em alguém essa imagem de nós (foi por isso que já lhe prometi que se isso se realizar lhe concedo um 10% do prémio -possivelmente vou metê-la na equipa de investigação e assim ainda poupo umas lecas;oP.É brinca Guigui, temos os peixes como testemunha!!!!)

Mas principalmente ouço de mim que estou"desconcentrada" ou "precipitada"(papá), que estou "enervada"(Lara), que estou "insuportável"(mãe, ás vezes), faladora(em geral), chata,"mais gorda"(César"-Finalmente tenho uma irmã grande em todos os sentidos"), mais magra(Celina, mas de seguida acrescenta "-é que tavas uma LONTRA!!!"), mais simpática, mais tola, mais gira, Crescida(as tias que nos vêm de ano a ano), animada, "cheia de pilha", tristonha, séria, ameaçadora, trenga... As coisas do costume...
Só que hoje, para que o meu dia soasse a maravilha, alguém me contou que eu estava tranquila.
E eu ali, sem saber como regir a tal coisa, seria um elogio?, seria gozo,... Não era gozo, isso via-se a quilómetros, mas soava, de certo modo a uma pontinha de inveja. Esse alguém queria saber como raios estava eu assim!

E acabei por deitar todas as culpas ao desporto que faço.
A verdade é que hoje volte às águas daquela piscina, onde me regalo em meia hora de natação intensiva e depois no jacusi e na sauna seca... Maravilhas que realmente me ajudam a pôr a musculatura no lugar fisiológico correcto para mais um dia de trabalho pesado!Mas na verdade, verdade esta que lhe não podia contar a quem me inquiria sobre a minha mal-fadada tranquilidade, é que não, não foi o desporto, pelo menos a maior parte. Foi o resolver que chega de matar os meus lindíssimos neurónios com coisas doidas.Estou aqui para dar o meu melhor e é o que vou fazer, PONTO PARÁGRAFO.
Calma e tranquilidade que tudo é deste mundo e tudo se resolve!Tenho que me desassociar dos problemas e associar-me às conquistas que já cá cantam. São elas que me provam que eu sou capaz. Cada dia sou mais e não ao contrário!
Dei outro dia em Histologia que os neurónios são duros de roer, e cada coisa que aprendes te ajuda a criar mais sinapses, ou seja, ajuda a que cada neurónio faça mais interligações com os vizinhos o que nos torna cada vez mais capazes de um acesso rápido e raciocínio eficaz!
E dou-me por convencida!!!!!

Bom, sei que é por demais dificil acreditar em tudo isto, mas vale mesmo a pena ver a floresta e não àrvore, a última época de exames dei por mim mais para lá do que para cá só por causa das inseguranças que alimentamos sem razões e é que não há nada a temer porque a
" Guerra só se perde no fim"

e o meu fim está para longe!
Isto ensinou-me uma vez a minha irmã e creio que vai ficar para todo o sempre que me toca!
Digamos que as minhas mão estão aqui e com elas faço tudo o que me corresponde. O meu trabalho é delas que sai e não é de forma nenhuma em vão! E como eu há mais, todos e cada um de nós!

15 maio 2006

Porque um dia vamos destinguir!

"...Porque no futuro nós seremos capazes de saber distinguir bem os beijos que nos são dados de um amor profundo e aqueles que nos são dirigidos pela malícia!"

Citação de uma aula de Anatomia; Professor Catedrático da Universidade Autónoma de Barcelona;Senhor Prof. Doutor Josep Maria Doménech.


É verdade, chama-se Músculo Orbicular dos Lábios e conforma o que, em anatomia de superfície são os lábios.

Músculo não revestido de epiderme (pelo menos não na mesma quantidade do resto do corpo) e que, segundo um ex-candidado ao nobel, vai evoluir no sentido de conseguir identificar os beijos que advêm de um profundo amor sincero e os que são dados por farsantes que eventualmente vejam vantagem no acto.

Vá, que ninguém leve esta novidade como algo correcto! Além de todos os estatutos de que este senhor da anatomia possui há também em cada palavra um certo tom de loucura de quem não mais vê diante do que corpos interessantemente mortos que pode dissecar para descobrir mais variações específicas (individuais) para avisar a comunidadde anatómica de que fez mais uma descoberta alucinante e desatar a acusar os livros de ainda publicarem mentiras atrozes.É, foi ele o homem da idéia do "botellon anatómico"("- Tudo a beber e a dissecar em plena noite de festa!").

No entanto esta aula mexeu, de certo modo, comigo. É certo, realmente que, ainda que não acreditemos, a nossa espécie ainda está (e continuará) sob os efeitos contínuos de uma Selecção Natural que fará dos nossos filhos os progenitores de gerações cada vez mais potentes. Ainda que ás vezes é difícil de acreditar, há lindas provas na bioquimica de tudo o que acabo de dizer:
as enzimas das nossas células têm as próprias isoenzimas que apareceram por evolução. São formas subtilmente modificadas para desempenhar novos papéis muito mais e eficazes, mais adaptadas!

Se os músculos da cara se desenvolveram de forma a expressar os nossos sentimentos e se, tal como a capacidade de oposição do dedo pulgar, também nos identificamos musculos faciais específicos dos Humanos, porque raio não é aceitável que o desenvolvimento não nos leve a uma capacidade de interpretação fulminante dos sentimentos através de uma nova musculatura mais adequada e pormenorizada...


A Selecção só Deus sabe onde parará... Mas isto dá que pensar.

Seria realmente bom que, por simples evolução a interpretação da subjectividade de cada um fosse mais fácil e acertada?
Estariamos a evoluir no sentido certo?
Estariamos a descobrir o Deus que não existiu por simples deslindamento do ser Humano nestas suas descobertas diarias de si mesmo e do outro lado negro que nunca nos chegamos a conhecer?


Ultrajante.


;o) Ele há coisas....

"E esta hein?!"

11 maio 2006

Biorritmo solar

O sol tomou-me para ele.

Há dias em que despertas, estás activo, de visão e audição aguçadas e tu sentes mais do que qualquer um podia sequer imaginar de ti, que lhe estás ao lado.Tão plácido como sempre mas muito mais, muito mais do que costumas ser.

Há dias sim, há dias.

São tão cheios de novidades porque entendes, finalmente entendes.

Mas são difíceis de suportar por seres tão de mais tu, por não controlar o mais ínfimo de ti.E não tens uma explicação, mas o teu peito passa 24 horas de sofreguidão, de atenção, de pensamentos rápidos, de sonhos e alegrias que se intercalam com tristezas tão profundas como dias negros em apenas segundos.

Dias em que ninguém repara que estás diferente, feliz e infeliz.

Dias do biorritmo do sol:

Começam luzidios, resplandescentes até a um cúmulo de risos... e depois se fazem tardes, quentes, serenas e tumultuosas de gente, de confusão de pés que se dirigem para todos os lados, contra e afavor de ti...

Tardes de dias completos.

Dias que têm noites tristes.

Noites frias de dias felizes.


De Palavras que te libertam e te deixam à deriva, chorosas de solidão e silêncio.

Palavras que sabias, que sempre foram presenças mas que, por nunca pronunciadas, nunca entendidas no seu âmago nem do mais profundo de ti mesmo...


Noites húmidas de um gelo cortante dos que precisas e ignoram: por querer ou sem ele...

Noites que num momento serão o amanhã de que preciso.

-Amanhã, vem antes, por favor...

09 maio 2006

Escorrem em mim Letras



Escorrem em mim letras
Como se secas
Sentidas palavras
Fossem momentos reais.

São sentimentos.


São escorredias frases
Húmidas de

Lágrimas Secas.
Apenas escritas.

Lágrimas jamais pingadas.
Que não mais se esboçam
Do que em pensamentos turvos
Dos que percebem.

Reflexos simétricos
Que se parecem.
Análogos na diferença
Que os aproxima.

06 maio 2006

Propaganda à outra de mim

Fotografia,
outra das minhas paixões, antes era mais ver que tirar, agora pu-las num blog:o).

Para quem quiser visitar:


www.flickr.com/photos/88466147@N00/

De há muito tempo...(I)


Tenho medo
Que olhar-te
Apenas
Seja levar-me
Deveras.

Para longe daqui,
Para perto do céu,
Para longe do mar
Para dentro de ti
Nesse simples olhar!

Tenho medo
Que nesse olhar
Haja tristeza
Memórias
Vis,
Confusas,

Porque se o vejo,
A esse olhar,
Algum triste dia,
Choroso,
Não conterei
Nem eu,
Meu saudoso
Chorar!






Escrito perto de Julho de 2003.


05 maio 2006

Fitas para os meus

De repente, com um aviso interminável de anos em imaginações conjuntas de um futuro que, acreditávamos, tardariam eternidades em chegar, dou por mim com duas fitas na mão para lá pôr o que assim achasse de bom tom.Nada que não tivesse feito já anteriormente: digamos que a fita da minha irmã e um amigo do longe também contam mas estes eram de um especial diferentemente especial.Nestes casos não teria matrices matinais de quem já compartilhou cama e sono de irmãs ou de amigos que se sabem esporádicos (ainda que não menos importantes).

Desta feita tinha que mostrar o quanto me são importantes estes seres, porque os amigos assim se querem, cultivados com carinho e verdadeiras amostras de nós neles.


Resumindo, num espaço curto de tempo colapsei e fiquei, literalmente ( e quem me conhece sabe o quanto isto é estranho) sem qualquer palavra decente para descrever a total e imprescindível importância que lhes dou na minha vida.
Quiz escrever maravilhas e tudo era tão limitado como pobres palavras que se tentam conjugar numa melódica passagem em fitas de tecido verde, ou lilás...
Tudo é tão pouco.

Tudo é demais inoportuno... incompleto....

Então logo eu, a tagarela do momento, a senhora que até escreve num blog, faz versos, e canta bem alto.... De repentemente está calada diante de um mísero papel; e não para falar do fim do mundo ou
da forma como se descobre a função de uma enzima....Não...Era só para contar a alguém que verdadeiramente ama, o quanto ama e o quanto lhes agradece tudo, O quanto tem enraizado desde sempre a vontade que que para eles tudo corra de uma forma absolutamente espectacular.Só sendo eles felizes eu atingiria a minha felicidade...

Pronto, a vergonha atacou-me e deixar a fita em branco não seria melhor que escrever alguma coisa...
Restringi-me ao articul
ar de letras, palavras que se ordenaram em recordações de nós em tempos e nós em futuros... Escrevi.
Algo foi, mas em compensação não fui capaz de deixar de enviar uma carta em que, aí sim (curiosidades da psicologia humana) consegui expressar um mínimo da sorte que sinto em acompanhá-los, como já eles outrora fizeram e assim espero que continuem, no virar de uma fase tão importante.No pouco do tudo que posso eu desejar do mais profundo de mim...












Vá, eu bem sei que exagero nestas coisas... era Só uma fita de fim de curso... mas que posso eu mais fazer?

03 maio 2006

Lágrimas




Hoje escorreram lágrimas

De um chorar feliz,
Na distância que
Me acena com lucidez.


Hoje,
Longe,
Vi o quanto dói
O tanto amar.

Só mais não quero provar
De outro gostar
Nenhum novo ser.
Quero aqui ficar
Sem mais amar
Por não mais sofrer.

27 abril 2006

Emilce... Hace tanto tiempo***


Ya hace algun tiempo que no passava por su blog, el tiempo siempre me dita lo que puedo o no hacer, pero volver me mostró que sigues escriviendo lo que suena bien, lo que trae música, lo que nos toca. Principalmente escrives lo que creas.
Una vez más me supo bien leerte y una vez más te plágio:

Gracias por ello***:o)








"Te deseo que un aire fresco llegue a tus pulmones.

Te deseo que llegue de nuevo a ti la sonrisa espontánea, el abrazo fugitivo, el beso sin rumbo.

Te deseo que ames de nuevo, y de nuevo que ames más.

Te deseo que nunca se canse tu cama del mismo cuerpo, ni tu pensar de la misma alma.

Te deseo que aprendas a darlo todo en el primer instante y sin reflexionar.

Te deseo que ames de nuevo, y de nuevo que ames más."





21 abril 2006

Há noites que são lupas


Há certas noites
Que são lupas,
Lupas especiais!

Atormentam
Com imagens reais,
Mostram problemas,
Os nossos,
Banais
Curriqueiros!
Tudo grande, desfocado!

Depois o sono não vem!
Fica vendo a lupa,
Na conversa!
Quando damos por ela,
É tudo tão distorcido
Que é até parecido
Com o sonho normal!

Acordamos todos depois
Chateados
Por não saber onde foi
Que dormimos!

Poema em linha recta.

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas
Vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondívelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu que tantas vezes não tenho tido paciência para
tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes
Das etiquetas,
Que tenho sofrido enxovalhor e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo
Ainda;
Eu, que tenho sido cómico ás criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de
Fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, Pedindo
emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho
Agachado
Para fora das possibilidades do soco;
Eu, que tenho sofrido a angustia das pequenas coisas
Ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo,nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão principe- todos eles principes- na
Vida....

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse não uma violência, mas uma cobardia!

Não,são todos o ideal, se os oiço e me falam
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma
Vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traidos- mas ridiculos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traido,
Como posso eu falar com os meus superiores sem
Titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza."

Álvaro de Campos

O meu relógio parou


- Paras-te.
Hoje, à hora em que um dia eu fui só eu, por inteiro, pela primeira vez: 10:30 da manhã.

Que quizeste dizer-me com essa tua atitude tão despojada de interesse por mim?
Quiseste mostrar-me que estás ai?
Não me dou conta disso excepto quando preciso controlar-me as pressas, os vagares e os pensamentos...

Foi para que visse que além de ti, eu continuo, ainda que sem tempo?

Talvez estejas a tornar-te um pouco humano. Estás a chamar a minha atensão para ti.
Estas a pedir-me aos berros que te aprecie.
Discuti contigo horas e, por isso, aqui sonho que com isso tenhas o bastante!!
Às tantas nem horas foram, mas tu continuas sem me esclarecer!

Era para mostrar que perco tempo?
Perco?
Não me aturo assim!
Com isto estás irreconhecível!Não entendo quem és agora!
Se não és o Tempo, quem és tu?!!!

Quiseste contar-me que existes como peça material. Que isto de que não te veja como objecto mero e simples, sujeito a todas as leis da física, da química e dimensões no espaço, te afecta, não está bem!

Conseguiste!
Agora sei que tu rodas sempre no mesmo sentido, que dás voltas sem sair desse ponto central e que trabalhas a pilhas. O Tempo não faz nenhuma dessas três coisas!
Parece que o Tempo é uma própria dimensão em si, que nos atribui num ponto velocidade, mesmo sem sair deste sítio!Tu só segues esse factor como um discípulo disposto a aprender tudo quanto pode ensinar um mestre. Estavas para ajudar-me a não exceder os limites de velocidade no meu caminho!
No entanto, discípulo imperfeito, não sabes seguir teu mestre.
Só sabes que é envergonhado, que quer passar sem ser visto, por isso é que passa rápido quando estou distraida e por isso é que faz cerimónias quando não tenho que fazer!Não quer que dê por ele!Nem tu o queres, tampouco!
Queres que pare de pensar nisso?
Voltas a ter razão: o tempo não é sentido quando se pensa. E eu procuro senti-lo a cada instante!

Sabes, agora vejo o quanto lhe és distante.
Tornas o tempo em unidades, são, em ti, conjuntos de segundos, minutos, horas, dias...
O Tempo não é nada disso.
Se eu algum dia quizer o Tempo será, para mim, continuidades!!!Também pode vir em momentos sem que nunca chegues tu a saber se são momentos continuos ou que percistência lhes dou!
Tu nunca farias nada disso a teu mestre!Só podes parar!!!

Paraste nessa hora e nem sabes que significado isso tem! Eu sei!
Tu só sabias que esse era mais um movimento ao qual te impeliu e Tu, discípulo já moribundo, reflectindo nesse próprio valor de objecto desististe.Ou então, tu, discípulo rebelde, manifestaste a tua realidade de ser e partiste para uma velocidade só tua de objecto dimensional!

Fizeste bem.
Fico feliz por tomares uma atitude tão tua!Agora sei que estás bem contigo!
Fizeste com que eu pensasse em ti. Que gosto de ti como és, nem que assim sejas-parado!Ao menos sei que vais ter razão duas vezes por dia, vais encontrar-te com Ele nesses minutos!

Eu também tenho desses momentos, sabes?
Ás vezes faço coisas ruins porque me assim sinto pensar e pedir por dentro...Depois encontro a minha ruindade e sou completa: os defeitos e virtudes... e sou confortável em mim novamente.

Todos somos semelhantes em partes diferentes.

25 março 2006

Segredo


Este post tem como objectivo descasar-me das minhas linhas cruzadas sem deixar descair qualquer conclusão, qualquer frase comprometedora, sem dizer nada daquilo que nem para mim admito.Por isso, desde já deixo o aviso de que ler isto possa vir a ser a imbecilidade de perder tempo.

Há alturas em que o sentir-me dentro de mim me faz mal, como faz também aquilo que teimosamente insisto em fazer rever em imagens flash. Faço questão de me enrolar num novelo específico para turturar... Não só a mim. Há mais quem sofra por ver que não resolvo; que me mantenho no meu passado, que me quero totalmete pendurada numa era...Num jardim que já se fechou e secou devido ao tempo.



E cruzar-me a mim mesma no rever dessas histórias, em sentir-me pesada e diferente por não me ordenar e não me obrigar a olhar o céu, quando ele está tão limpo e tão chegado a mim.Tão perto de me dar um dia claro, de me fazer ver a vida melhor.


Não, não se passa nada; mais uma vez estou parada dentro de mim. Encostada a razões morais e de frente contra o que tem que ser...Quero só que ainda ceda mais e que continue a aquecer-me as costas...

Vejo como se de um espelho se trata-se:
a minha esquerda é a minha direita, e os meus sentimentos são o que não respeito.
A esquerda move-se no meu outro lado, que nunca sei qual é! O que é direito e o que é esquerdo!O que está esquerdo e o que é mau.
Mexo a minha direita com a intensão de tocar, no meu peito, o meu coração e toco precisamente o outro lado que chega a parecer a zona da razão, porque é onde o peito nunca oscila tanto pelo bater desse entrecruzar de olhos!
Mas o que me confunde é só olha-lo... Esse espelho...


Se baixo a cabeça e me concentro, a minha mão sabe buscar o vértice que me late incessantementeno no centro, sabe fazer-me sorrir pensando nas conquistas...


Conquistas que deixei passar, conquistas que quiz fazer , conquistas que guardo e que partilho. Como partilho mais do que devo, como vejo mais do que alcança a minha mente, Sonho menos do que o que quero e estico-me tão pouco...o corpo não me acompanha.



E gosto de caminhar assim, tocando nuvens que eu própria crio para sentir que atinjo metas.

10 março 2006


Olhava eu agora minha mão
Quando me adentrei num pensamento
Sobre essa sua lida e função!
Continuada,Insistente, diferente
Em cada momento.
Diferente também na pessoa.

E dela conta coisas,
Muitas coisas
Coisas sem conta dela!

Para mim, aqui, quieta,
É-me imagem de força

Daquela força interior
Quer é sempre superior
Ao que prevemos nós.

É a pá do trabalho,
Do trabalho pessoal,
Do que movemos,
Do que criamos,
Do que queremos,
Dos que amamos!

Somado tudo
Estas minhas mãos,
Aqui quietas
São toda eu,
Eu e todos os outros que toco

São pelo menos o meio
Mais puro e sincero
De trocar gestos
E não sentir de perto
O peso da solidão!

05 março 2006

São todos vocês:o)

Descobri

Descobri, uma vez,
Poemas em minh´alma.
Certa noite
De muita calma!

Lá estavam poeirentos
Quase empoleirados,
Também
Para cima do vaivém
Que se tornara o pensamento!

Jaziam no baú da vergonha,
Da humildade e do medo
Mas veio a saudade
E mos mostrou.

Encontrou-os
Contei-os
E depois
Finalmente,
Consegui
Escreve-los
Fielmente
Á minha imaginação!

03 março 2006

Tinha pensado

Houve, ontem, um momento em que reflecti que era bom dar-me novamente asas na escrita.Ando a pensar demais no que pensam os que cá passam porque inevitávelmente ouço as suas opiniões e porque as agradeço muito. No entanto, este meu canto é exactamente isso e vou então voltar a pôr, quando assim o notar necessário a mim, quer sejam os meus poemas quer os meus raciocínios: nem sempre lógicos!

Hoje, no entanto, o cansaço faz-me só lembrar no balde em que vim parar. A minha vida curvou de forma assombrosa nos últimos meses e vejo, através deste meu blog, que me tenho centrado demasiado nisso.
Continuo mais plural que o sitio onde estou; a minha pessoa continua cheia de coisas por ver, músicas por gostar, análises por fazer. Tenho feito muito mais do que a medicina de que tanto falo e que tanto me ocupa.Tenho aprendido muito mais que o catalão, tenho ganho mais do que experiências.

Aprendi que a distância não afecta a quem não tem que afectar, e que o que tem que continuar intocável assim o faz. Vi que tudo está na nossa cabeça e que a ansiedade só chega a estrangular o meu sangue nas veias quando se aproxima este dia de viajar de volta a casa. O cansaço só me atordoa quando o deixo, porque me conheço. Bem como as minhas linhas básicas de pensamento. Quando quero subir e vencer sei que o posso fazer e é o bastante.
Não dei tudo de mim e é isso que me assusta.
Mais me assusta o meu engano e o que respinga nos meus.Tenho vazios por preencher que não sei onde encontrar o conteudo certo para o conseguir!Não sei se são realmente vazios ou cicatrizes... Se forem não haverá solução! E medo.. esse...

Aprendi que o amor só está naqueles a quem sabes entregar e a quem olhas no fundo dos olhos procurando não mais que a tua própria sinceridade; que a segurança de se ser amado é mais nada que essa amizade intrínseca de quem sofre do mesmo mal que tu, ou de quem te quer, ou de quem é diferente...
Que há coisas sem solução que a mereciam encontrar, que há injustiças que foram construidas pelas tuas mãos em nome do que tu defendes como os teus sonhos.Mereceria a pena continuar?

Aprendi porque aqui estou, porque amo o que me rodeia e porque o sigo...

Por mim...
Faço-o por mim...e não mais. o egoismo que sempre me caracterizou e que só mudou a máscara ao longo destes anos. Agora é socialmente aceite...

19 fevereiro 2006

Noticias




















"Mande noticias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço venha me apertar
Estou chegando

Coisa que gosto é poder partir
sem ter planos,
Melhor ainda é poder voltar
quando quero.

Todos os dias é um vai e vem
a vida se repete na estação
Tem gente que veio para ficar
Tem gente que vai para nunca mais,
Tem gente que vem e quer ficar,
Tem gente que vai e quer voltar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem.

O trem que chega é o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma desta estação
é a vida desse meu lugar
é a vida desse eu lugar
é a vida..."

Nem sempre me dou conta mas o passar dos dias trás sentido a algumas coisas.. e esta música tem agora mais sentido do que antes!!
Acabo de fazer mes e meio aqui... a vida continua...
***

09 fevereiro 2006

Tirei o dia para perder tempo.


Na realidade, não acredito que este predicado exista.

Não perdemos o tempo, até esperar nos trás coisas novas, bonitas de apreciar, sejamos atentos.
Mas a questão é que, agora em época de exames, e depois de um em que me fartei de ralar, fiquei bastante cansada, de maneira que hoje, tendo em vista o que devia estar a fazer, tirei o dia para perder tempo (de estudo, por assim dizer), para não pensar em coisas de raciocínio, de responsabilidade, de exigência. Vim aqui por palavrinhas para me descontrair, ao invés de ficar parada a olha uma televisão, que ainda por cima fala lá uma língua que preciso descodificar a todo o instante... Demasiado trabalho.. e para isso.. nem pensar!!!

Hoje quero só dizer que o meu cansaço atingiu um limite e que me cuido. Quero que se note que ne quero bem para o próximo que que isso exige que eu recupere deste último tumúlto Biofisico. Quero dormir mais horas do que aquilo que deveria, quero espreitar os e-mails de toda a gente, quero estar sozinha, aqui só com o meu computador, ver coisas de vários sítio...

Não quero que me perguntem como está a correr tudo.

Dói-me já ouvir isso porque constitui uma ondulação, uma vibração já muito repetida e á qual não tenho as certezas para responder em consciência. Quero só acabar o próximo exame de bioquimica do proxima quarta -feira.

Hoje quero pensar no que há de bom aqui á minha volta, quero ver que, a cima de tudo, tenho sorte, tenho gosto, tenho esforço e força...
Quero sentir que ainda vivo. Quero olhar lá para fora e ver só que há ainda um céu onde passam nuvens, sem lhe misturar raciocínios de gravidade ou velocidade de sedimentação....
Ai que raio...
E o pior é que só falo nisto...
Não estou a ver como relaxar...
é complicado... mas pronto... vá.. vou-me amanhando...;o)

07 janeiro 2006

Chegada é a hora de enfrentar

Volto a estar num dia mais em baixo,
Não por nenhuma razão que valha a pena
Mas porque simplesmente me volto a imaginar longe dos meus!

Longe deste dormir descansado
Nas manhãs dos braços da minha mãe,
Longe do abraço do meu irmão matinal
Que arrasta chinelos pelo corredor de sono!

Imagino-me no meu silêncio
Tão bom, mas responsável por coisas por fazer!
Imagino-me de volta ao meu umbigo de estudo!
Ao meu trabalho,
À minha própria preguiça de NÃO fazer coisa alguma!

Faço a mala num ritual ainda antitético ao da última vez,
em Barcelona!

Junto a vontade de evoluir-me
Bem concentrada num montinho só
Para poder sentir a sua essência dentro de mim.
Para cheirar de perto que ainda tenho comigo força para viajar.

Apoio-me no que levo.
No que levo comigo
bem dentro!
Apoio-me no que nunca ninguém me pode tirar,
Nem á força de roubar!
Nas recordações,
No falar de amigos
Nas próprias saudades.
Porque até elas
Não são mais do que a prova de se ser amada!

Vou, agora com mais firmeza
Do que tinha no inicio destas linhas!
Escrever ordena-me idéias razoáveis.