Volto a estar num dia mais em baixo,
Não por nenhuma razão que valha a pena
Mas porque simplesmente me volto a imaginar longe dos meus!
Longe deste dormir descansado
Nas manhãs dos braços da minha mãe,
Longe do abraço do meu irmão matinal
Que arrasta chinelos pelo corredor de sono!
Imagino-me no meu silêncio
Tão bom, mas responsável por coisas por fazer!
Imagino-me de volta ao meu umbigo de estudo!
Ao meu trabalho,
À minha própria preguiça de NÃO fazer coisa alguma!
Faço a mala num ritual ainda antitético ao da última vez,
em Barcelona!
Junto a vontade de evoluir-me
Bem concentrada num montinho só
Para poder sentir a sua essência dentro de mim.
Para cheirar de perto que ainda tenho comigo força para viajar.
Apoio-me no que levo.
No que levo comigo
bem dentro!
Apoio-me no que nunca ninguém me pode tirar,
Nem á força de roubar!
Nas recordações,
No falar de amigos
Nas próprias saudades.
Porque até elas
Não são mais do que a prova de se ser amada!
Vou, agora com mais firmeza
Do que tinha no inicio destas linhas!
Escrever ordena-me idéias razoáveis.