22 outubro 2007

Em construção de vazios

Como se o silêncio fosse tão difícil de construir como, para alguns, o é dizer aquilo que ecoa vezes sem conta por dentro.
Calar-me, olhar-me apenas, sentir por dentro tudo aquilo que antes já estava cá fora antes que fosse sequer consciente do que pensara e codifica-lo, mas desta só para mim. Fazer várias e opostas conjunções de mim e do que aqui sou... Deixar que elas por elas se discutam aqui dentro e cala-las, como se só dentro tivessem sentido, porque cá fora mais não são do que meras histórias.


Depois de tudo, ensinaste-me que é assim que amadurecemos idéias, parece lógico, mas até que o sintas tão profundo como é, nunca lhe chegas a dar a devida razão...

Sabendo-o, parece ainda mais estupido que não continue, mas isso de escolher o momento e a pessoa certa para o contar também tem que ser carinhosa e sensivelmente detectado...
Lição da próxima vida...
Da próxima história...
Do próximo pensamento guardado e amadurecido...


Chegada é a conclusão que, sem pensar, há apenas construção de vazios, em mim e em ti que me ouves... Se não amadureceu - caiu verde, não o poderás recolocar no galho.