23 junho 2005

Esta é uma das mais bonitas fotografias que já vi, de um dos meus amigos que tem uma bela queda para a fotografia:).É simples e confusa ao mesmo tempo.

Para mim, especialmente, ela representa o rio que passa diante da que será sempre a minha aldeia, a minha terra, independente de se ainda vivo lá ou não; Essa será outra história.
E é esta a paisagem que quero ver em mim um dia, um passeio em que me encontre tão ao meu gosto como ela...

E a propósito... Lembrou-me do poema de Alberto Caeiro:

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que passa pela minha aldeia.

O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
As memórias das naus.

O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entre no mar em Portugal.
Toda a agente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o mundo.
Para além do Tejo há a America
E a fortuna daqueles que a encontram.

Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.


E assim dou inicio ao nosso passeio... Haverá, melhor forma de o fazer?
Estão todos convidados...

1 comentário:

Zana disse...

Realmente, e falo por mim, ha uma ligação muito especial entre o pensar e o elemento mais bonito de todos, a água. Digo por reparar q os melhores momentos são passados junto dela, no meu caso;)coincidencia ou tendencia? n sei...
de qq forma é a natureza em si q nos traz a sentação de inquietude, de tentativa de pensamento:).
Obrigada pelo post:)