Neste teu dia que costumava acordar para te dar um beijo e entregar-te alguma prendinha enlaçarada com os outros dois ensonados arrancados à força da cama, mais a mamá, já enrolada no seu robe, te escrevo um poema que já um dia me pediste.
Uma prenda hoje sem laço e do longe dada com todo o mesmo carinho que aquele meu costumado beijo carregava. Digamos que os tempos mudam Pai, e agora a tua prenda vai via internet:o).
Nasceu no meu peito
Um sinal vermelho, papá.
Sinal como tu tens
Por todo o peito peludo
Pelo braço forte
Pelas costas rijas
Que tantas vezes me
Protegeram,
Acolheram
E que sempre me amaram.
Nascer-me-ão mais.
E em conclusão,
estes nossos sinais
São pontos iguais
entre nós.
No peito levarei
o da medicina,
Nos braços os da luta
"-Que nada é regalado, filha!"
E nas costas levarei
O da responsabilidade
De ser tudo o que me ensinaste
Falta-me na cara
Os da beleza desses teus anos
De experiência,
Como rugas.
Nas pernas
Os de caminhos percorridos
Em que de nós se dá
"- Receber, Ele se encarregará"
E nas mãos,
O da virtude
No poder de boas escolhas.
A certeza numa mesma atitude.
(em pijama, ensonada, encostada ao César que por sua vez se apoia na Celina também a dormir)
"- Espero que gostes Papá!E....PARABÈNS!!!"
2 comentários:
Que ternura amiga...está mesmo lindo! Tens mesmo queda para os poemos e de certo foi a melhor prenda k o teu pai podia ter recebido!
Gostei muito! Um beijinho muito grande para o teu papá também, de quem eu ouço falar diariamente, sempre com um brilhozinho especial nos olhos!
Lindo....
simplesmente tu, minha querida Zana:)
Beijo
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