25 março 2006

Segredo


Este post tem como objectivo descasar-me das minhas linhas cruzadas sem deixar descair qualquer conclusão, qualquer frase comprometedora, sem dizer nada daquilo que nem para mim admito.Por isso, desde já deixo o aviso de que ler isto possa vir a ser a imbecilidade de perder tempo.

Há alturas em que o sentir-me dentro de mim me faz mal, como faz também aquilo que teimosamente insisto em fazer rever em imagens flash. Faço questão de me enrolar num novelo específico para turturar... Não só a mim. Há mais quem sofra por ver que não resolvo; que me mantenho no meu passado, que me quero totalmete pendurada numa era...Num jardim que já se fechou e secou devido ao tempo.



E cruzar-me a mim mesma no rever dessas histórias, em sentir-me pesada e diferente por não me ordenar e não me obrigar a olhar o céu, quando ele está tão limpo e tão chegado a mim.Tão perto de me dar um dia claro, de me fazer ver a vida melhor.


Não, não se passa nada; mais uma vez estou parada dentro de mim. Encostada a razões morais e de frente contra o que tem que ser...Quero só que ainda ceda mais e que continue a aquecer-me as costas...

Vejo como se de um espelho se trata-se:
a minha esquerda é a minha direita, e os meus sentimentos são o que não respeito.
A esquerda move-se no meu outro lado, que nunca sei qual é! O que é direito e o que é esquerdo!O que está esquerdo e o que é mau.
Mexo a minha direita com a intensão de tocar, no meu peito, o meu coração e toco precisamente o outro lado que chega a parecer a zona da razão, porque é onde o peito nunca oscila tanto pelo bater desse entrecruzar de olhos!
Mas o que me confunde é só olha-lo... Esse espelho...


Se baixo a cabeça e me concentro, a minha mão sabe buscar o vértice que me late incessantementeno no centro, sabe fazer-me sorrir pensando nas conquistas...


Conquistas que deixei passar, conquistas que quiz fazer , conquistas que guardo e que partilho. Como partilho mais do que devo, como vejo mais do que alcança a minha mente, Sonho menos do que o que quero e estico-me tão pouco...o corpo não me acompanha.



E gosto de caminhar assim, tocando nuvens que eu própria crio para sentir que atinjo metas.

5 comentários:

Anónimo disse...

Rosy rosy rosy rosy ... vou-te deixar aki a letra duma musica..eu sou dakelas pessoas k ouve musica a toda a hora..mas com o objectivo inconsciente de recordar e repensar no passado.. ou seja.. sou um pouco anormal..visto k muito desse passado evocado inconsciente (mesmo sendo kuase conscientemente provocado!) é akele k nos dá vontade de chorar..voltar a trás..ou pelo menos vive-lo outra vez só por 1 minuto! bom.. posto isto.. vou te deixar uma letra :)



Talvez pudesse o tempo parar
Quando tudo em nós se precipita
Quando a vida nos desgarra os sentidos
E não espera, ai quem dera

Houvesse um canto para se ficar
Longe da guerra feroz que nos domina
Se o amor fosse como um lugar a salvo
Sem medos, sem fragilidade
Tão bom pudesse o tempo parar
E voltar-se a preencher o vazio
É tão duro aprender que na vida
Nada se repete, nada se promete
E é tudo tão fugaz e tão breve

Tão bom pudesse o tempo parar
E encharcar-me de azul e de longe
Acalmar a raiva aflita da vertigem
Sentir o teu braço e poder ficar

E é tudo tão fugaz e tão breve
Como os reflexos da lua no rio
Tudo aquilo que se agarra e já fugiu
É tudo tão fugaz e tão breve


Fragilidade ,Mafalda Veiga.

Anónimo disse...

Já agora k tou aki numa de Mafalda Veiga..


Quando há qualquer coisa que nos sufoca
e os dias são iguais a outros dias
e por dentro o tempo é tão voraz

Quando de repente num segundo
qualquer coisa me vira do avesso
e desfaz cada certeza do meu mundo

Quando o sopro de uma jura
Faz balançar os dias
Quando os sonhos contaminam
Os medos e os cansaços
quando ainda me desarma
a tua companhia
e tudo o que a vida faz
Em mim



Quando nada é intacto,Mafalda Veiga (again!)

Celi M. disse...

A comparação do espelho deixou-me K.O. Se me permites uma criticazinha o texto perde muito pela organização espacial. Isto é na minha opinião. Mas n impede de estar bom!

Sophie disse...

Muito bonito... lembraste do que um vez me disseste? "Quando se fecha uma porta Deus trata logo de abrir um par de janelas"... é isso que te digo, olha para as janelas e admira a paisagem, admira-a o tempo que o tempo quiser e avança quando não tiveres dúvidas no que vês...

bjs e um xiii xeio de saudades...:p

Zana disse...

Martinha:

Sem duvidas há q ver a quantidade de coisas que descobrimos. No fundo somos mt parecidos uns aos outros e cada vez isso è mais claro.:o)
Gostei mt das citaçoes e das conversas:o).

Celi:
Sem duvida que fiquei mt contente por ler o teu post, Nao so pq m sinto bastante lisiogeada por ver um texto meu analizado (e, positivamente)por ti (jà que, tendo lido alguns dos teus trabalhos de Blog, admiro muito a tua forma de escrita) como tambèm ainda fico mais contente por ver que tomas a liberdade de criticar dessa forma construtiva:o).
Quanto à critica em si, fiquei sem perceber bem se te referias à organizaçao meramente espacial ou semnatica. No fundo, desde o inicio do texto que pretendo manter as pontas do novelo bem escondidas, quero dizer, nunca pretendi que as ideias estivessem ao alcance de quem quer perceber, realmente o texto. quanto à organizaçao espacial... Essa depende dos dias em que se encontre o meu blog.. lol.. infelizmente a minha escolha inicial tinha sido outra mas enfim.,.. ele tava num dia mau..;o)
mesmo assim, mt obrigada:o)

Sofia, meu anjo:

que saudades!!!As janelas estao abertas e eu estou praqui a viver o que vejo, felizmente, degustando cada cantinho disto!
Nao quero que este texto seja interpretado à letra, està td bem;o) a sèrio... Foi so um texto:o).
Ai a carinha que n chega nc!!;o) tb eu tenho Anexos prai!:o) dp ja te conto tudo;o)!!
bigada ***