27 dezembro 2010

... Decisões por decidir...

É realmente complicado decidir.

E seria esta mais uma eterna frase, que todos repetimos nalgum momento, a jeito de lugar-comum, não fosse ter tido para mim um significado diferente e creio eu, mais profundo no ultimo ano/nos últimos dois anos.

Não que a vida não me tivesse já posto diante de decisões, hoje inteira e orgulhosamente minhas. Já as tive que tomar ou não estaria onde estou ou não seria o que sou.
Sou consciente que esta feita não será a última e ressoam-me atrás das orelhas as tão ouvidas frases dos avós «Nem será a última e virão mais difíceis...», por isso não me inicio no post com ideias de reflectir uma fase especialmente diferente.

Relendo entre os meus papéis, encontrei coisas engraçadas sobre a minha ida para Espanha, as opiniões que me dividiam, os ideais que me moviam e todas as outras coisas que, por mais que se leia desde fora, não se pode entender tão complexamente como se vivia cá dentro.

Eram outros dias, eram outras decisões e principalmente era outra de mim.

Hoje a coisa não deixa de ser complexa, mas vem pelo lado engraçado das diferentes visões...

Tomei consciência, principalmente ao comparar essa de mim com a que fui sendo nesses interregnos onde não escrevi publicamente, que tenho um modo de enfrentar as decisões muito estranho. E digo estranho quase com vontade de dizer cobarde ou "esquivante" (se é que tal termo existe, coisa que, pelo risquinho vermelho que lhe nasce por baixo me faz suspeitar que não... Mas adiante...) Deixo-me ir com o vento.

Não, não digo isto com auto-comiseração nem com nenhuma pena... Não considero que seja para sempre assim, mas é bom observar estas coisas para ponderar possíveis melhoramentos futuros;o), farei o "upgrade" assim que for possível, estejam tranquilos;o)!

Digo isto porque dei por mim a ser extremamente lenta. É esperar que seja a vida que me diga o que hei-de fazer.
Depois de conseguido analiso e admiro quão perfeito foi, dedico-me para que isso continue em pleno e próspero crescimento.

Depois decaio em pensamentos vãos, da percepção de que tudo isto é bênção divina, submeto todo o meu ser ao tema e termino concluindo que era o destino e... "graças a Deus!"...

Segundo alguns, estou acostumada a que quando chega o momento chave há uma resolução fantástica à minha espera, ao estilo do que aconteceu com os sapatos no baptizado do meu sobrinho (Não tinha nenhuns comprados até àquele dia- por esquecimento, indecisão, etc- e a sorte foi a minha mãe ter uma imensa caixa de sapatos de cerimónia-cuja existência eu desconhecia-, que não deveria ter nada do meu tamanho por ser a patorras da família, onde, por sorte ou milagre, lá tinha uns mesmo condizentes com a roupagem que, essa sim, depois de algum esforço, tinha podido decidir no dia anterior.).

Agora, desde há coisa de dois anos aumenta, naturalmente, a pressão interna sobre o que hei de fazer da vida depois do curso.
Sei que as massas são uma força que me costuma arrastar e eu, também com uma certa naturalidade, encostei-me a uma opção onde me sinto cómoda, feliz e contemplada... Só que resta sempre aquela insegurança de quem ainda tem tempo de mudar o que quer que seja e rumar para outras paragens ainda...

Comparando com as pessoas que tenho mais perto e melhor conhecidas, apercebo-me em primeiro lugar que há, para cada um, uma forma de resolver as coisas. Sejam elas complicadas ou fáceis. É muito pessoal e as comparações são difíceis. Não é tema de fácil conclusão, portanto.

O ponto é que uma delas em especial é uma observadora compulsiva, crítica por natureza e adora debater as grandes decisões de vida com todo aquele que faça parte proeminente dela, de modo que ao envolver-me no seu projecto de vida, ao debater-se e questionar o seu próprio caminho, acaba por me deixar a mim a fazer-me perguntas, sentar-me a reflectir:o).

O seu próprio modus operandi sobre as decisões deste calibre é bem mais ortodoxo que o meu:

MIL ANOS antes, ela sente uma inesgotável vontade de explorar as imensas possibilidades que o mundo e o seu meio lhe possam oferecer; cria mapas mentais de como chegar a cada um deles e só após estes ditos mil anos de exploração, debates críticos, construtivos e pertinentes é que, então decide.

O certo é que todos os imprevistos que a mim me assaltam e deitam por terra tudo o construído, para ela são previsões claras que também já ponderou ou então são facilmente reencaminhados para uma das vertentes analisadas previamente.

Raras e digo raras por não dizer "acho que só foi uma ou duas" foram as situações que fugissem totalmente ao seu pensamento de forma irreversível e que a obrigassem a render-se ao sabor do "bento";o)!

Outro dos exemplos que sigo carinhosamente é uma pessoa que durante algum tempo comenta as várias possibilidades, estuda-as (e isso fá-lo de forma totalmente isolada, independente, de um modo que não poderia eu descrever por não conhecer). Comenta criticamente, de forma isenta, sem demasiados detalhes, ainda que, se a conhecermos, se pressente a preferência. Escolhe para si, depois, um período (costuma ser bastante longo- alguns meses, digamos) no qual prefere não falar no assunto e, a partir desse instante, a sua vida desenrola-se como se nada houvesse a dizer ou como se estivesse já longe de seu critério.

Resultou já eu assistir que, consciente de que combatia a sua íntima preferência, levou uma reviravolta que a deixou onde está hoje: com o que sempre quis, mais o que a levou a combater o seu fado, mais o que eventualmente possa ajudá-la na evolução da sua área! Digamos a grosso modo, a 3 vezes mais aquilo que queria ser:o).

Com ela e entre longas conversas, tirámos várias conclusões: uma delas é que a liberdade pode ser um verdadeiro estorvo e que, o melhor método é mesmo o de lançar bem alto uma moeda com duas opções. Ficar com ela na palma, escondida e antes mesmo de levantar a mão repensar o que foi que instintivamente desejámos que ficasse para cima, no momento do lançamento.

O tema é que, convivendo com semelhantes exemplares, aprendi o que não está escrito, mas nunca fui capaz de querer ver tão bem ao longe o futuro como elas, e nem mesmo sou capaz de lidar com tudo sozinha. Desta vez espero que seja diferente, para melhorar a técnica.

O que reservo internamente é este desejo irresistível de deixar para ver o que acontece, e cria-se aqui uma inércia que até a mim me parece excessiva. Mas não me lembro de me desiludir por nenhuma outra possibilidade depois de tomada a decisão.

Imagino que talvez haja para lá alguma clausula no contrato que diz :

" -Não deve, então, a partir deste momento, sentir-se desalentada/ decepcionada/ triste/ inconforme nem nada-que-se-assemelhe ao já dito por ter tomado esta decisão. Ficando por condição penalizante que se tal coisa acontecer há-de mover todos os mundos e fundos para melhorar, até à felicidade completa, toda a situação.". E eu, consciente, assino.

Sim, é certo, ele há erros. Erros cometidos, erros ainda por cometer, mas tomo-os, se por decisão foram tidos, como aprendizagens, e a minha frustração reside/rá em vê-los repetidos.

O que entretanto me trouxe por aqui, e já vai longe seu inicio, foi mais a facilidade que outros têm para tomar estas dicotomias vitais.

Entre uma conversa parca em palavras com um dos "alguéns" mais tímidos que conheço, houve uma verdade que lhe veio do mais profundo do seu ser.

Conhecendo-me como conhece, sabe de todas estas trapalhadas internas, de que ainda que deixe tudo para ser decidido pela vida, sofro por isso de insegurança e certa ansiedade até ao último instante. Sinto sempre que o destino me vai apanhar nalguma das coisas que nem sequer pensei, que restará a tal pena de não ter pensado nisso, de não ter visto o que estava diante dos meus olhos... Sabe que o ir com "alguma coisa em mente" não é o mesmo que ter noção clara das preferências.

Entre perguntas profundas em jeito de simples, ouviu-me em silencio, falar de todas as opções. Fez uma pausa muito sua, baixou a cabeça reflectindo profundamente no meu dilema, respirou lentamente fundo e mantendo a sempre sua cara compenetrada disse:

" - Precisas de apanhar uma bebedeira a sério, miúda. Eu fico lá para me lembrar do que digas!"

:o)! Eu sorri e agradeci o conselho...

Em resumo, e vistas as coisas ao longe, eu sei que tem uma certa razão. Não costumo e não queria ganhar tal costume, mas a continuar assim quem sabe?:oP!!

De todos os modos, estas neuróticas escrituras acabam por me deixar patente que, talvez mais do que não ter noção do que quero, outra coisa bem diferente é não o querer assumir. Para tal, não deixo nem que o subconsciente me diga nada ao consciente e mantenho para um canto de mim uma decisão há muito tomada que nem mesmo eu sei dizer qual é...



12 novembro 2010

O senhor do Adeus?

A grande notícia de hoje é ter-me sentido surpreendida pela notícia do jornal.
Refiro-me no sentido em que ser-se surpreendido pelas notícias, hoje em dia, significa que houve alguma catástrofe, morreu alguém inesperadamente ou que o governo acabou por descubrir um erro de trocos daqueles que andou meses e meses a fazer, coisinhas que são tão repetidas que não surpreendem já... No fundo cria-se uma certa resistência a essas notícias. Mas hoje sim.

Era algo sobre um senhor que dizia adeus, por isso chamado "senhor do Adeus" que, segundo li depois, se auto-proclamava antes o "senhor do olá". Tinha morrido.

Em primeira instância não foi a surpresa que me atacou. Pensei que ao estar fora há tanto tempo já não sabia das coisas e certamente este seria um senhor importante que eu não havia conhecido jamais em tempo algum de sua existência. Não estava eu tão longe da verdade, isso sim, não da forma que julgava.

Resumidamente Lisboa tinha-me remexido por dentro com a morte de um senhor que dizia simplesmente "adeus" aos carros a altas horas da noite.
Não sei se ao dizê-lo tão assim em linhas simples ofendo o que o senhor fazia, essa não é a intenção. Por muito que diga "simplesmente" escrevo hoje porque não quero subtrair importância ao que fazia. Foi o seu gesto e a sua morte que se gerou uma reflexão manifesta (deixo-me acreditar...) por um grupo de pessoas que, cientes da sua morte e do que havia feito em vida, foram para o seu sítio e também eles disseram adeus a todos os que passaram.


O que me tocou bem no mais fundo de mim foi o facto de estarmos a falar de um velhote solitário que dava a quem ali passava, um gesto. Um olhar e um adeus.
Na notícia havia gente que referia que já era um hábito esperado, uma peculiaridade dentro da grande Lisboa. As suas vidas seguiam exactamente iguais no fundo e nunca ninguém parou para falar com ele, mas sentiam a perda.

Foi post-mortem que as pessoas viram algum efeito e se animaram a homenagea-lo. Talvez menos conscientes do que podiam ter-lhe dado enquanto vivo em troca, do que reflexivos sobre o que é que tudo isto nos pode estar a dizer sobre nós mesmos.

Da minha parte entendi que, principalmente nas grandes cidades, onde se supõe que a mentalidade é mais aberta, que aceitamos as coisas dos demais («porque há gente estranha.» insistimos em pensar), que podemos dedicar-nos a concretizar os nossos sonhos (podemos procurar mais recursos e oportunidades- ou por outra podemos escravizarnos a isso.), deixamos de ser conscientes dos outros e passamos a viver tão sobre nós que estes gestos de fora passam a ser actos de loucura que acatamos com uma certa condescendência, até que, por repetição, fazem parte do dia...
É quando faltam que de repente nos dá a saudade, à boa maneira portuguesa neste caso e nos juntamos ali para dizer "adeus", como ele fazia.

Se há lição que creio ter-me dado este senhor é que temos o mesmo poder para olhar quem nos rodeia, sorrir, ver, acenar :o), deixar um sorriso sem quê nem porquê aqui e agora não tira o sentido dos demais sorrisos que enviamos a quem nos merece tais gestos...

Com pequenos gestos podemos mandar mensagens positivas, sem deixar os nossos próprios propósitos, mas por uma vez não sendo escravos de nós ou dos nossos sonhos. Por uma vez deixar de julgar mal ao do lado, cruzar-nos com ele e sorrir-lhe («Que tenha um bom dia») e só depois voltar àquele pensamento que nos apoquenta, já com um sorriso enviado;o).

Eu hoje, deixo um "olá", a estas horas acompanhado internamente de um «Que tenha um bom dia.»:o) somente em homenagem ao "senhor do olá".


21 outubro 2010

Bocados de mim- Anaquim

Eu gostava de ser dessas pessoas positivas que andam pela vida cheias de planos para amanhã
Que dizem frases feitas mas têm suas próprias manias
Que os outras gostam delas porque elas são mesmo assim.

Eu gostava que no fundo o mundo fosse simples.

Que o dia fosse um barco e a noite fosse um cais.
Se tudo fosse sim ou não para mim era mais fácil
E eu não tinha que magoar as pessoas que gosto mais.

Eu gostava de ser mais ajuda para a família.
De aprender a fazer bolos em casa da minha avó,
Porque ela me quer lá e até faz alguns petiscos com a minha mãe a ajudar para que ela não se sinta só.

Eu gostava de me lembrar mais de algumas coisas que a vida foi levando em tratamento de choque:
De me recordar de cheiros, de barulhos e dos discos com que a minha irmã me ensinou a ser alguém do rock


mas ando pela vida feito placa de auto estrada que ensina o caminho aos outros mas pouco sabe de si.
Mas ando pela vida por ver andar meus amigos
E confesso que por vê-los nem me custa andar ai

Eu gostava de ser qualquer coisa mais peculiar
O blog da Filipa e os textos que lá diz
Um assunto que tivesse algum efeito nas pessoas
Como os poemas da Ines ou as anedotas do Luis

Eu gostava de me dedicar aos trocadilhos
Que me fazem perder tempo e não fazem rir ninguém
Que há coisas que não são para rir
São só para ter pinta
Já dizia o meu pai e eu só agora entendi bem

Mas ando pela vida cinzentão e esbatido
Sem ter a coragem de convidar gente para dançar
Mas ando pela vida sem ter a lata do Hugo
Que é capaz de fazer tudo para a malta se animar

Eu gostava de saber explicar bem o que sinto
Não mentir como minto quando digo que estou bem
Porque todos temos dores e para cheirar as flores
Desbravamos os caminhos com a ajuda de quem vem

Eu gostava de ser qualquer coisa mais bonita
Fosse o sorriso da Rita fosse o carinho da Rute
Lutar cegamente por aquilo que se acredita
Porque há lutas que se perdem mas precisam que alguém lute

Mas ando pela vida às vezes sem ser sincero
Lá me vai pesando quando é hora de deitar
Finjo ser a pessoa que eu quero que os outros gostem
E acabo a não ser nada que valha a pena gostar

São só bocados de mim
São só bocados de nós
São só bocados que eu enfim deixei ir na minha voz

Foi um "autor desconhecido" que disse. Referiu e frisou que os passados não o faziam sonhar e eu sinto-me sonhar se podesse dizer tal coisa.



Há quem sonhe com coisas que aconteceram, e explicam porquê.
Eu sonho com coisas que nunca acontecerão e pergunto:
porque não?"


Por agora ainda me limito a dizer que faço ambas coisas e as perguntas que me restam sobrepõem-se a qualquer tentativa de resposta que possa fazer depois disso.


25 setembro 2010

Serendipity?

Existe?............................................................................................................................. Não existe?


Se não, então como é que se explicaria a existência de Psicofármacos?!;o)



"sê teu filho"


Nunca a alheia vontade, inda que grata,
Cumpras por própria. Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.
Niguém te dá quem és. Nada te mude.
Teu íntimo destino involuntário
Cumpre alto. Sê teu filho.






Num contexto de dias e dias de pensamentos confusos, compartidos, onde as conclusões se resumem a uma certa e mui amada raiva ao tamanhão da liberdade que construi para mim ("puta libertad"), mais o peso do valor de ser-se uma única pessoa para toda a vida :o) (ainda que não necessariamente sempre a mesma).

Sinto como se me acompanhassem estes princípios, "Nandinho" , inculcados como a mesma pele que me reveste! Não sei porquê e pior ainda, "para quê era mesmo?!"... Entretanto esqueci-me de qualquer coisa aqui;o)!!


Mas contraditóriamente "Nem de ti mesmo servo." !!!!
(silenciosamente encolho meus hombros...)

Esquinas de coisas para manter-me eternamente em equilibrio instável!
:o) Vida.... ( "ai se eles soubessem como é viver assim... ;o)!!! :o)))"

16 setembro 2010

a vida dos outros

As Vidas Dos Outros - Anaquim

Artista: Anaquim
Música: As Vidas Dos Outros

Eu sou tão bom a falar das vidas dos outros
Há sempre um conselho a dar p'rás vidas dos outros
Nada é eterno e se aguentarmos todo o mal tem fim
É fácil ter calma quando a alma não me dói a mim
Eu sou tão bom a tornar todo o mal inerte
Se é aos outros que lhes custa que o passado aperte
Mas quando a inquietude vem toda para o meu lado
Deita-se, desnuda e não desgruda até me ter vergado

É tão simples quando estou de fora
A ver passar as nuvens pelo ar
Aplaudir, rever-me e concluir
Que eu também já lá estive e...
Já soube ultrapassar
Só a mim é que ninguém me entende
E a minha dor não tem como acabar
Ai quão melhor era acordar um dia
E ter as vidas dos outros todas em meu lugar

As vidas dos outros nunca me soam mal
Veêm problemas no que é no fundo normal
Ai se eles soubessem como é viver assim
As vidas dos outros são tão simples para mim

Eu sou tão bom a falar das vidas dos outros
Sempre me sei comportar nas vidas dos outros
Volta, revolta, o melhor está para vir
Solta tudo agora, não demora, tornas a sorrir
Eu são tou bom a apagar qualquer mau momento
Se é aos outros que lhes bate à porta o sofrimento
Mexe, remexe, alguma coisa hás-de encontrar
A solução é procurar

Eu sou tão bom a falar
Eu sou tão bom a cantar
Eu sou tão bom a contar as vidas dos outros
Eu sou tão bom a falar
Eu sou tão bom a curar
Tudo menos o meu próprio mal

As vidas dos outros nunca me soam mal
Veêm problemas no que é no fundo normal
Ai se eles soubessem como é viver assim
As vidas dos outros são tão simples para mim

23 junho 2010

From me to.... Myself...:)

YouTube - It's Beginning to Get to Me-- Snow Patrol

"It's Beginning To Get To Me"

I want something
That's purer than the water
Like we were

It's not there now
Ineloquence and anger
Are all we have

Like Saturn's rings
An icy loop around me
Too hard to hold

Lash out first
At all the things we don't like
Or understand

And it's beginning to get to me
That I know more of the stars and sea
Than I do of what's in your head
Barely touching in our cold bed

Are you beginning to get get my point
That all this fighting with aching joints
It's doing nothing but tire us out
No one knows what this fight's about

The answer phone
The lonely sound of your voice
Frozen in time

I only need
The compass that you gave me
To guide me on

And it's beginning to get to me
That I know more of the stars and sea
Than I do of what's in your head
Barely touching in our cold bed

Are you beginning to get get my point
That all this fighting with aching joints
It's doing nothing but tire us out
No one knows what this fight's about

It's so thrilling but also wrong
Don't have to prove that you are so strong
'Cause I can carry you on my back
After our enemies attack

I tried to tell you before I left
But I was screaming under my breath
You are the only thing that makes sense
Just ignore all this present tense

We need to feel breathless with love
And not collapse under its weight
I'm gasping for the air to fill
My lungs with everything I've lost

We need to feel breathless with love
And not collapse under its weight
I'm gasping for the air to fill
My lungs with everything I've lost

09 junho 2010

La felicidad es una actitud

Disseste-mo algum dia, sem ser um dia especial,
e eu repeti-mo para
e porque queria crer em tudo o que me dizias, já que nunca te tinha caçado em nenhuma mentira.

Vivi com
e dessa realidade, tão simplesmente, "como se respirasse".

Mas às vezes, agora, por muito que mo repita...
Não sei como chegar a ela...

Desencaixo-me cada vez mais,
de todos os sítios, de todos, de cada vez mais...


Não te culpo por ver a diferença,
culpo-me
por não saber seguir as minhas leis internas
só porque me fizeste consciente.

Mas ainda assim, sem contradição válida, pretendo agradecer mais uma peça, azul, para o meu puzzle!


07 junho 2010

Se as coisas são inatingíveis...


Se as coisas são inatingíveis... ora!
não é motivo para não querê-las.
Que tristes os caminhos, se não fora
a mágica presença das estrelas!


.... E quando já eu não sabia quantos mais sentidos dar a este poema, lembrei-me de o compartir...

04 junho 2010

Pau

Pau (que pode significar Paz ou Paulo), é dessas músicas geniais que alguém pode criar e que hoje me assaltou mal a minha consciencia tomou conta de mim pela manhã. Senti-me de novo cheia de ganas de saltar da cama e começar a devorar todas aquelas páginas que já não lembro e rever todos os capítulos de livros que ainda não toquei. De forma que decidi que havia de cá vir fazer-lhe o tributo!!!

Pau:

Pau treballa i estudia,
Repassa apunts i llibres
Sota el taulell mig d'amagat

...

I a l'habitació somia
Amb

...

Pau és com la resta,
Quan beu molt molesta
Les cambreres dels locals.
Peró al mateix temps es mou,
Vol canviar el mon.
Pau no espera des de la trinxera
Pau te clar que no vol renunciar.
Pau no es queda resignat al terra
Pau demá tornar a comencar.

...

Pau hi ha cops que desespera
Per sap que no hi ha treva
En un combat tan desigual.
Pau no és cap heroi,
No te vocació
De ser carn de santoral.
Per per dormir tranquil
Ha de seguir.

..."


Troços del que vull coincidir amb tu!


E bom dia!


01 maio 2010

Até podia ser só a tua imagem

Podia até mesmo ser só uma cara,
até que bonita, simétrica, atractiva..
Não sei.
Podia ser um físico esbelto,
desperto,
activo...

Podia e pode mesmo
ser cada gesto,
olhar,
percepção,
solução que descobre...

Só que não é só,
nem é bastante...

É mágicamente todo um conceito de ser-se,
de viver.

E tomara eu que fosse
o que poderia apenas ser
para que em mim,
ser,
não fosse tão profundo o que fizeste nascer
e que,
quem sabe?

Veremos ambos morrer
Ainda que eu quisera antes vê-lo crescer.


27 abril 2010

Um autor desconhecido disse...

"As pessoas entre os 15 e os 30 anos parecem não se interessar por nada. É uma geração que parece não ter sentimentos dinâmicos. É raro encontrarmos nela o sentido do patético, da excitação. E tenho pena.

Falta paixão cerebral. Não faltam emoções nem sentido de decisão. Mas o protesto de hoje é dirigido pelo cepticismo. Já não há rebeldes que queiram defender a salvação do mundo. O entusiasmo de antigamente, as acções contra a guerra do Vietname, contra o imperialismo e o capitalismo, era empolgante. Os estudantes de hoje já não se deixam levar. O sistema actual está montado na apatia politica."

E eu, de repente, achei que tinha uma certa razão, mesmo sem saber quando tenha sido dito...

17 abril 2010

Porque há dias...

Seria demais pensar que sim. Mesmo porque pensar que "não" é já por si simplista. Talvez o "não" é até, eufemisticamente, uma festinha na minha testa como um "deixa lá..." e o que na realidade deveria ser é mesmo um sonoro e rotundo "Nem te passe pela cabeça, pobre alma!".

E o mundo continuou a girar como se nada fosse, porque os dias e as noites, assim como o resto das pessoas, e mesmo o resto de neurónios que me sobraram, periféricos, isolados do tema que me convulsionava, não se importam por nada destas coisas tão repetida e inutilmente frequentes.
Se o fizessem, na realidade, estariam já gastos.
Mas eu desta vez não sou capaz de me evitar.
Tornei a isso... Desastradamente. Acabará como as outras vezes, e eu igual que sempre ficarei como sou.
Até que me aceite, segundo dizem por ai- Ou até que descubra a peça em falta e entenda por fim, como têm que seguir as coisas, tal como teimo crêr.
Façam-mo evitar.