22 maio 2006

Tentada à transparência

Continuo sem saber se foi bom ou mau.
A questão é estar agora aqui, com uma vida que não pára para me deixar pensar realmente e simplesmente faz fuir um Tempo por cima de mim, e eu sinto-me tentada a ela:
tentada à posição transparente.

Unicamente para que os erros em mim não se sucedam tão frequentes,
unicamente para que erre sem deixar ver,
unicamente para que possa não querer evita-los,
mais porque errar nem sempre me deixa indiferente.
Numa posição transparente nem mesmo os outros errariam comigo, nem eu o notaria se tal quisessem, nem mesmo o ignorar-me seria doloroso, antes seria natural e eu até seria mais contente com esse facto. E nem mesmo para ti eu estaria, como já não estou.

E mais uma vez sinto em mim desejos que não passam das minhas utopias pessoais. Tantas e tantas vezes o querer ver de um limíte do universo em fluorescente, para que sobressaia, para fazer os Homens acreditarem que o universo acaba mas nós jamais alcançaremos esse fim, pelo meio temos o NOSSO fim.
Também eu em mim verei alguma vez o TEU fim. Como vejo todos os dias, bem definida, a linha desse horizonte marítimo, ou será antes isso a encarnação de uma eterna saudade? Não sei e admito que gostaria que mais que saudade fosse a certeza de vir um dia a tirar-te de onde já não estás há muito tempo, apenas pela ausencia te deixo ficar nessa posição de transparência. Esse estar ai ignorando ai estar. Invejo-te nisso e em mais nada.
Se já não sofro o teu não estar, se já não me queixo de solidão porque a não sinto, se já não te quero, se até já mudei, eu, toda eu mudei! Porquê segues silencioso e transparente comigo? Sempre e por todo o lado...
Um dia...

1 comentário:

Gui disse...

huummmm....preciso de falar ctg miuda!!!