08 dezembro 2011

Então foi quando apareceu o nevoeiro.

A memória tem destas coisas... Às vezes è demasiado caprichosa para deixar passar as coisas e outras... Outras vezes, há abertas que me deixam na paz de não passar inevitavelmente por ti.

Hoje era para ser parte do primeiro caso, mas entretanto, os caprichos dessa que é já parte de uma memória apenas tua, ganhou de novo vida. Não queria se não deixar tudo no nevoeiro em que tinha estado imerso até agora, mas a verdade foi que de novo o meu coração se lembrou.

Era tudo demasiado perfeito como para que outros braços me apertassem e não me fizessem sentir aquele dia. Fez, inclusive, aquele frio que nos envolvia, então, aos dois... E foi por isso que de repente estavas aqui de novo. Nem sei como te deixei regressar... Devia ter-te dado as costas antes que te colasses a mim, com aquele olhar tão como sempre teu, mas também meu e sem parar de ambos...

Seja bem-vindo, e no fundo sabes que já não te posso ver... Mas estou demasiado cansada hoje, não vou lutar contra tudo o que passou por nós. Não quero sequer que vás embora, agora que te sinto tão...Aqui de novo. Só peço que não te demores.

Dedicar-te-ei o melhor que deixaste plantado em mim, e bem sabes que é agora apenas e só o espaço que decidiste não ocupar, mas ainda teu.
Só que me tens que prometer que vais embora amanhã bem cedo. Não quero já ver-te no acordar de um novo dia.

E de todas as formas, para quê semelhante coisa? A que vieste?! Bom... temos o resto da noite para descobrir...

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