Sem determinação prévia,
há musicas que se disseminam pelo ar, que me contaminam por dentro
e que finalmente me devolvem a ti.
Dei-me conta finalmente que por muito domesticados que estejam todos os monstros sobre nós, deixaste melhores prémios e assim recuso-me a enfrentar.
Sou então contaminada e simultaneamente depuro todo o trabalho que construí.
Restando-me o eco, por fim...Poluído.
São tropeços, eu sei.
Os soluçares que dai advêm já não soam cá para fora,
é a trabalhada habilidade de saber-se desolar e retomar.
Tomei-te por costume desta forma.
Criei-te para mim um tu que só eu sei.
Que não és já tu.
E não te amo mais por seres uma criação da imaginação delirante,
Tão minha que sou eu reflectida,
pelo menos não sinto amar-te mais do que havia já alguma vez feito.
Nem mesmo se esse perfeito que foras real
faria por isso mais sentido,
querer-te diferente do que o já querido.
Este era todo o meu infinito.
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