09 julho 2006

Outono inacabado



(...)

Nasceram folhas
como nascem sentimentos
nos ramos duma árvore.

Foram,
Em tempos,
Razão de respirar,
Era sua função...

Mas já não...

O Outono passou,
E,
Agora,
Os sentimentos
Boiam como folhas na água deste rio
Um dia chegarão ao mar,
onde,
dispersas,
Já não farão sentido.

(...)

2 comentários:

neu disse...

Gostei muito do teu blog, já era para cá ter vindo, mas só deu agora... ainda venho a tempo, espero.

O post é um bom silogismo, é engraçado como hoje, este sentimento que nos preenche o coração, é tudo para nós, e como amanhã já não faz sentido. Tudo tem o seu momento. Mas há também aquelas arvores que nunca perdem as folhas... nem no outono!

Bjinhos***

Zana disse...

É, verdade, mais raras, as de folha permanente mas existentes;o).

Agradeço a passagem e o elogio:o).. Também eu aprecio o teu, como sabes. E vens totalmente a tempo, para quando quiseres passar e comentar:o)***